Pés esfregando, nervosamente, a terra pedrosa, fazendo com que pequenos resíduos caiam longamente no abismo. A visão assusta, mas o barulho da sola de borracha em atrito com o chão traz uma certa calma. Um passo adiante e não haverá mais onde pisar. Hora de se concentrar na eternidade do salto, por mais que a distância cada vez menor entre o corpo e o solo possa dar essa inconveniente impressão de transitoriedade.
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